A Igreja Quadrangular

"A VISÃO"

DENOMINAÇÃO


Quadrangular é um termo bíblico usado para o Tabernáculo, no livro de Êxodo; para o Templo do Senhor, em Ezequiel 40:47; e para o Céu, no livro de Apocalipse. O termo “Evangelho Quadrangular” foi dado à fundadora Aimée Semple McPherson em inspiração pelo avivamento, durante uma campanha evangelística em Oakland, Califórnia, no ano de 1922. “Evangelho Quadrangular” representa aquilo que é igualmente equilibrado por todos os lados, estabelecido e resistente. Tal confiança no poder do evangelho é expressa em Hebreus 13:8, o que é apresentado nas igrejas quadrangulares como “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente”.

O termo ainda representa os 4 pilares do ministério de Jesus na Terra:

O Salvador

“Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele; e pelas Suas pisaduras, fomos sarados.”
Isaías 53:5 (Tito 2:14; Isaías 55:7; 1:18; Hebreus 7:25).

O Batizador com o Espírito Santo

“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
Atos 1:5,8 (João 14:16,17; Atos 2:4; 8:17; 10:44-46; 1 Cor 3:16).

O Médico dos médicos

“... Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.”
Mateus 8:17 (Marcos 16:17,18; Mateus 9:5,6; Atos 4:29,30).

O Rei que há de vir

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro... Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”

1 Tessalonicenses 4:16,17 (Tito 2:12,13; Mateus 24:36-44, Hebreus 9:28; Lucas 19:13; 12:35-37).

VISÃO

A visão da Igreja do Evangelho Quadrangular é apresentar Jesus Cristo, o filho de Deus, como o Salvador, o Batizador com o Espírito Santo, o Médico dos médicos e o Rei que há de vir. Desde a fundação da igreja, em 1923, essa visão foi praticada por meio da evangelização e do estabelecimento de assembléias locais nos EUA e no exterior. Por conta disso, deu-se início a consolidação e a formação de líderes em todos os níveis da vida cristã, em colaboração com outros membros do corpo de Cristo para aprendizagem e conhecimento bíblico, a fim de que seja vivido o mandamento bíblico de sermos “sal” da Terra e “luz” do mundo.

SIMBOLOGIA

 Quatro Cores 


 Vermelha
Tipifica o sangue de Cristo que foi derramado na cruz, a fim de nos dar a Salvação.

Amarela
Tipifica o batismo com o Espírito Santo.

Azul
Tipifica a cura divina.

Roxa
Tipifica a volta de Jesus como Rei.
 

Quatro Rostos

Rosto de Homem

Representa Jesus Cristo, filho do homem, como o Salvador que foi sacrificado por toda a humanidade.

Rosto de Leão

Representa Jesus Cristo como o Batizador com o Espírito Santo. A figura tipifica força e poder.

Rosto de Boi

Representa Jesus Cristo como aquele que suporta cargas e fardos, e que veio à Terra para levar sobre si toda a carga de pecados, vergonhas e doenças humanas.

Rosto de Águia

Representa Jesus Cristo como o Rei que há de vir,
a águia é reconhecida como a rainha das aves.

Quatro Símbolos


Cruz
O Salvador
Simboliza a morte de Cristo em sacrifício pela nossa salvação.
 
Cálice
O Médico dos médicos
Simboliza a cura divina.



Pomba
O Batizador com o Espírito Santo
Simboliza o batismo com o Espírito Santo.
 
Coroa
O Rei que há de vir
Simboliza a volta de Cristo para reinar eternamente.

Quatro Evangelhos do Novo Testamento

 
Lucas
 
Este livro foi escrito para os gregos, povo cujo ideal era alcançar a perfeição humana. Por isso, Lucas apresenta Jesus como filho de homem, homem perfeito de corpo, alma e espírito, que veio para buscar o que se havia perdido.
 
Marcos
 
Este livro foi escrito para os romanos, povo patriota que se orgulhava do próprio poderio militar e de servir aos seus superiores. Assim, Marcos apresenta Jesus como servo diante de Deus para tomar sobre si as nossas dores.
 
João
 
Este livro foi escrito para todos os cristãos e apresenta Jesus como o filho do Deus Altíssimo, como o único que pode batizar com o Espírito Santo.
 
Mateus
 
Este livro foi escrito para os hebreus, povo que esperava pela promessa de que o Messias viria para reinar eternamente. Por esse motivo, Mateus apresenta Jesus como o Rei que há de vir para buscar a Sua igreja.

Bandeira

Hino

A música e a letra do Hino Quadrangular são de autoria da fundadora da igreja, Aimée Semple McPherson. A tradução da letra foi feita por um dos pastores do início da obra no Brasil. A história do Hino conta com duas curiosidades: Ele foi publicado em 1955, só a partir da quarta edição do hinário oficial da Cruzada Nacional de Evangelização, departamento da IEQ entre os anos de 1952 e 1954. Na primeira tradução, constava a palavra “tendas” na segunda estrofe do hino. Recentemente, a palavra “tendas” foi substituída por “templos”.
 
Verso 1
Eia, salvos, avançai
Nada de temer
Vamos firmes batalhar
Prontos pra vencer
Vai conosco, ó General
Nosso bom Jesus
Ele nos dará vitória pela cruz

Refrão
Avante, pois, e sem parar
O Evangelho anunciar
O Evangelho Quadrangular
De Deus o nosso eterno Pai
Pois Cristo salva, o pecador
Para que seja um bom cristão
Cura, também, a sua dor
Qualquer doença e aflição
Com Seu poder quer batizar
Do céu virá pra nos levar
E com Ele nós havemos sempre de reinar

Verso 2
Vamos templos levantar
Por todo o Brasil
A pregar sem descansar
Nosso Rei gentil
Vamos missionários ser
Todos, todos nós
Transmitindo com prazer de Deus a voz

MISSÃO

A Igreja do Evangelho Quadrangular existe para glorificar a Deus e promover o crescimento do Seu reino. O mandamento de Jesus Cristo é levar o evangelho e fazer discípulos em todas as nações (Marcos 16:15; Mateus 28:19). Conseqüentemente, nós estamos “dedicados à causa do evangelismo interdenominacional e mundial”*. Estas palavras expressam o nosso espírito e o nosso foco.

O chamado Quadrangular é pregar Jesus Cristo, o filho de Deus, como o Salvador, o Batizador com o Espírito Santo, o Médico dos Médicos e o Rei que há de vir. Como atribuição, temos: desenvolver igrejas saudáveis, que venham crescer, plantar igrejas ao redor do mundo conduzidas por servos de Cristo. Certamente, as igrejas que se desenvolverem desse modo reproduzirão cada vez mais; e isso é que fará com que o evangelho seja propagado àqueles que ainda não ouviram ou não aceitaram a mensagem do filho de Deus.

( * ) A declaração está na pedra angular do Angelus Temple, a primeira igreja Quadrangular, inaugurada em 1 de janeiro de 1923.

ESTRATÉGIA

A estratégia da Quadrangular é seguir o padrão de desenvolvimento da igreja encontrado no Novo Testamento. O Espírito Santo conduziu a igreja primitiva neste desenvolvimento. Esse padrão tem quatro estágios, que nos ajudam a compreender em que fase estamos no processo do desenvolvimento e qual é o nosso próximo passo. Cada estágio tem sua diferença, mas todos eles se conectam.
 
  • Estágio 1: Embrionário
    A fase inicial da igreja está no momento em que os servos de Deus trouxerem almas a uma nova assembléia local implantada. O objetivo é fazer com que os novos discípulos sejam ensinados, consolidados e evangelizem outros a fim de se multiplicarem. A igreja em Tessalônica, Grécia, começou desta maneira (Atos 17:1-9; 1 Tessalonicenses 1:1-10).

  • Estágio 2: Estabelecimento/Formação
    A igreja cresce mais forte quando os obreiros transmitem o ensino prático ao cristão e treinam líderes. O objetivo é formar líderes que se multipliquem e sirvam suas famílias e a congregação local. A igreja na Ilha de Creta amadureceu desta maneira (Tito 1-3).

  • Estágio 3: Autoridade/Submissão
    A igreja em uma determinada nação se organiza para governar e apoiar seus “braços” de modo a evangelizar, sensível às necessidades das culturas regionais, com o objetivo de multiplicar as assembléias locais e implantar novas igrejas. Juntas, todas essas igrejas se transformam em um movimento nacional para alcançar o país inteiro. A igreja em Éfeso, Turquia, se desenvolveu e multiplicou desta maneira (Atos 19-20).

  • Estágio 4: Enviar
    A igreja em uma determinada nação, já organizada, amplia os horizontes para outras nações e povos de outras culturas e línguas. O objetivo é enviar obreiros em missões no exterior para expandir o reino de Deus em países onde o evangelho de Cristo tem pouca expressão ou é reprimido. Na obediência ao Espírito Santo, a igreja de Antioquia, Síria, tornou-se tal igreja quando Paulo e Barnabé foram para lá enviados (Atos 13:1-4).

Cada igreja prega o evangelho dentro de uma esfera de influência crescente, enquanto se movimenta pelos quatro estágios. E virá o dia em que “este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24:14). O espírito da Igreja do Evangelho Quadrangular é amar a unidade. Essa atitude permite criar e solidificar relacionamentos, como manda o Novo Testamento. Agindo assim, nós cumprimos o mandamento de nosso Senhor Jesus Cristo, glorificamos a Deus e avançamos no Seu reino. 


"NO QUE CREMOS"

DOUTRINA

A declaração de fé da Quadrangular apresenta a doutrina básica da igreja, e foi esboçada por sua fundadora, Aimée Semple McPherson. Segue abaixo uma versão resumida
 
As Escrituras Sagradas
 
Acreditamos que a Bíblia é a Palavra inspirada por Deus: verdadeiro, imutável, constante e eternamente Deus (2 Timóteo 3:16,17).
 
Um Deus eterno
 
Acreditamos que Deus é trino: Pai, Filho e Espírito Santo; os três são coexistentes, coeternos e iguais na perfeição divina (1 João 5:7).
 
A queda do Homem
 
Acreditamos que o Homem, criado à imagem e semelhança de Deus, caiu no pecado e na iniqüidade por desobediência voluntária. Isso fez cair sobre toda a humanidade a herança da natureza desse pecado e suas conseqüências, acompanhada da perda do nosso significado e do propósito de nossas vidas pretendido inicialmente por Deus (Gêneses 1:27; Romanos 5:12).
 
O plano da salvação
 
Acreditamos que, mesmo sendo pecadores, Jesus Cristo morreu e se sacrificou por nós, tomou o nosso lugar, e com o Seu sangue comprou o perdão para todos aqueles que n’Ele crêem (João 3:16; Tito 2:14).
 
A Salvação pela graça
 
Acreditamos que a salvação é completa e concedida apenas pela graça, pois receber o amor e o favor de Deus não depende de retidão ou mérito humano algum (Efésios 2:8).
 
Arrependimento e aceitação
Acreditamos que arrepender-se verdadeiramente e aceitar a Jesus de forma sincera, torna-nos justificados diante de Deus por meio do sacrifício de Cristo (Romanos 10:6-10; 1 João 1:9).
 
O novo nascimento
 
Acreditamos que a mudança de vida após a conversão é real e notória; que o fato de ter recebido a Cristo e ao Seu Espírito trará retidão, novos anseios, novos interesses, e também novas perseguições na vida (2 Coríntios 5:17; Gálatas 2:20).
 
Vida cristã
 
Acreditamos ser da vontade de Deus que aqueles nasceram de novo cresçam em santificação, compartilhem da Sua santidade e diariamente estejam mais fortes na fé, no poder, na oração, no amor e no serviço (2 Coríntios 7:1).
 
O Batismo nas águas e a Ceia do Senhor
 
Acreditamos que o batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é resposta essencial ao mandamento de Jesus, respeitando a Sua autoridade como Cristo e como Rei (Romanos 6:4). Acreditamos também na observância da Ceia do Senhor, pela qual recebemos o pão e o fruto da videira com alegria e fé, a fim de compartilhar constantemente da vida e do triunfo de Cristo sobre a cruz (1 Coríntios 11:24-26).
 
O batismo com o Espírito Santo
 
Acreditamos que o batismo com o Espírito Santo dá autoridade aos cristãos para exaltarem a Jesus, para viverem uma vida de santidade e para serem testemunhas da salvação pela graça de Deus; Cremos que ainda hoje a atuação do Espírito Santo ocorre da mesma maneira que ocorria sobre os cristãos da igreja primitiva (Atos 1:5,8; 2:4).
 
Uma vida cheia do Espírito
 
Acreditamos que é da vontade de Deus que os cristãos andem em Espírito constantemente, servindo ao Senhor e vivendo uma vida de paciência, de amor, de verdade, de sinceridade e de oração (Efésios 4:30-32; Gálatas5:16,25).
 
Dons e frutos do Espírito
Acreditamos que o Espírito Santo distribui dons de ministérios sobre os cristãos, e que estes dons enriquecem o corpo de Cristo com edificação e evangelismo (1 Coríntios 12:1-11); mas para se ter uma vida cheia do Espírito, o cristão deve praticar os “frutos do Espírito”: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gálatas 5:22-25).
 
Moderação
 
Acreditamos que a moderação dos cristãos deve ser óbvia a outros e que o nosso relacionamento com Jesus nunca deve conduzir pessoas a fanatismos extremos; suas vidas devem ter como modelo a vida de Cristo em retidão, em equilíbrio, em humildade, e em sacrifício próprio (Colossenses 3:12,13; Filipenses 4:5).
 
Cura divina
 
Acreditamos que a cura divina é a manifestação do poder de Jesus em curar doentes como uma resposta de oração e de fé; Ele, como um Deus imutável, ainda hoje tem o poder de curar o corpo, a alma e o espírito em resposta da fé do cristão (Marcos 16:17,18; Tiago 5:14-16).
 
A segunda vinda de Cristo
Acreditamos que a segunda vinda de Cristo é real, pessoal e iminente; a certeza da Sua vinda e o fato de que ninguém sabe o dia ou a hora do Seu retorno são os fatores que justificam nossos esforços de evangelização em massa; que o Senhor, em pessoa, descerá do céu, os mortos em Cristo se levantarão e os remidos serão elevados para encontrar o Senhor nas nuvens (Mateus 24:36,42,44; 1 Tessalonicenses 4:16,17).
 
Comunhão na igreja
 
Acreditamos que é nosso dever sagrado tornar-se parte de uma congregação de cristãos, com os quais podemos adorar a Deus em unidade e comunhão, observar as ordenanças de Cristo, exortar e apoiar uns aos outros, colaborar com a salvação de outros e trabalhar juntos para promover o avanço do reino de Deus (Atos 16:5; Hebreus 10:24).
 
A autoridade civil
 
Acreditamos que a autoridade civil é composta por homens nomeados pela vontade permissiva de Deus e que os direitos civis devem ser respeitados em todas as suas formas, exceto naquilo que, eventualmente, passar a contrariar os preceitos de Deus descritos na Bíblia Sagrada (Atos 4:18-20; Romanos 13:1-5).
 
O dia do Juízo
 
Acreditamos que um dia todos os homens que existiram, existem ou venham a existir estarão diante do trono de Cristo para o juízo final: aos remidos será dada a vida eterna e aos não-arrependidos a punição eterna (Apocalipse 20:11,12; 2 Coríntios 5:10).
 
Céu
Acreditamos que o Céu é a gloriosa habitação do Deus vivo e o lar eterno dos cristãos renascidos (João 14:2; Apocalipse 7:15-17).
 
Inferno
 
Acreditamos que o inferno é um lugar de trevas, da mais profunda amargura, do fogo que não se apaga, lugar que não foi originalmente preparado para o homem, mas para satanás e seus anjos; contudo, deverá ser transformado no lugar que separará o eterno Deus de todo aquele que rejeita a Cristo como Salvador (Mateus 13:41,42; Apocalipse 10:10,15).
 
Evangelismo
 
Acreditamos que “ganhar almas” é o grande alvo da igreja na Terra, e que todo obstáculo à evangelização mundial deve ser removido (Tiago 5:20; Marcos 16:15).
 
Dízimos e ofertas
 
Acreditamos que os dízimos e as ofertas são ordenanças de Deus para a sustentação do Seu ministério, disseminação do evangelho e liberação de bênçãos específicas (Malaquias 3:10; 1 Coríntios 16:1,2).

VALORES

 Valores centrais da vida cristã, da missão e da visão Quadrangular.


Adoração Cristocêntrica
 
  • Prioridade à adoração espontânea com alegria, honrando o Pai, o Filho e o Espírito Santo em exaltação da vida e do amor do nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 11:36; 12:1-2).
  • Crença em Jesus como o Filho de Deus nascido de uma virgem, em Sua vida sem pecado e na Sua morte e ressurreição literais, por meio das quais se dá a salvação (Atos 4:12).
  • Pregação baseada na graça e no ensino ministerial de Cristo, que deve estar enraizada na autoridade da Palavra eterna de Deus, que é a Bíblia Sagrada (2 Timóteo 3:16).

Saúde da igreja e equilíbrio bíblico
 
  • Prioridade para um estilo de vida de alegria e esperança, tanto no lado pessoal como no da igreja, assim como Jesus Cristo e Seu reino são descritos nas passagens de João 10:10 e Romanos 14:17 e 15:13.
  • Estímulo da criatividade pessoal e de ministérios que disseminam o evangelho para que percebam necessidades humanas e multipliquem ministérios de novos convertidos (Filipenses 1:9-11).
  • Respeito da expressão das emoções com ordem e decência na adoração, obediência à Bíblia Sagrada no estilo de vida, uso e prática de liberdade, sabedoria e caridade em todas as coisas (1 Coríntios 13:13; 14:40).
  • Apoio a todos aqueles que amam a Cristo, seguindo à risca o senso de missão e valores, afirmando a igreja inteira, mesmo além de nossas fronteiras (Filipenses 2:1-10).

Discipulado cheio do Espírito
 
  • Prioridade ao plano apostólico de discipulado, como descrito em Atos 8:14-17; 19:1-6, convocando cristãos a serem cheios do Espírito Santo e praticarem Seus frutos.
  • Reconhecimento de ministérios distintos e como dons do Espírito Santo, sendo instruídos a como ministrar sob Seu poder para a glória de Deus (1 Coríntios 12-14).
  • Confiança na oração de fé, na intercessão e a guerra espiritual com a permissão e o discernimento do Espírito Santo, como em Efésios 6:10-20 e 1 Timóteo 2:1-6.

Evangelismo global
 
  • Prioridade às convicções apostólicas descritas em 2 Coríntios 5:14,15, que constrangem os cristãos, por meio do amor de Cristo, a saberem que almas são eternas, estão sob risco e podem ser salvas única e exclusivamente pela graça de Deus.
  • Empenho pelo chamado da obra no mundo todo e pelo evangelismo interdenominacional, proclamando a todos que Jesus Cristo é o Salvador, o Batizador com o Espírito Santo, o Médico dos médicos e o Rei que há de vir (Atos 20:27).

Ensinamento e ministérios
 
  • Prioridade para a abertura de igrejas, chamadas embrionárias, como descrito em Atos 9:31 e em Efésios 3:14-19; os cristãos dessas igrejas crescem, consolidam-se e equipam-se em favor do ministério.
  • Valorização do ministério de cada membro, como em 1 Coríntios 12:12-27; já que é da vontade de Cristo que Sua igreja seja a evidência viva de Seu amor e poder ao mundo.
  • Honra ao chamado do Espírito Santo e aos dons dados a líderes da igreja, sob aprovação e autoridade de Jesus Cristo, independentemente da idade, do gênero ou da afiliação étnica (Atos 2:17-18).


Consciência social
  • Prioridade ao Evangelho de Jesus Cristo como plano do poder de Deus para a salvação da humanidade, o que permite criar vínculos de piedade, justiça e de cura do ser humano (Mateus 5:13-16).
  • Valorização total da santidade da vida humana, da instituição familiar do casamento e da moral descritas na Bíblia, e das diversidades étnicas (Isaías 56:7; Filipenses 2:15-16).
  • Aceitação à importância atemporal do antigo povo de Israel para Deus, rejeitando o antissemitismo e a discriminação étnica em todas as suas formas (Romanos 11:11-27; Atos 17:26). 
    "A HISTÓRIA"

    História

    Aimée Semple McPherson
     
    Aimée Semple McPherson nasceu em Ingersoll, Ontário, Canadá, aos 9 de outubro de 1890, como Aimée Elizabeth Kennedy e é a fundadora da denominação evangélica The Foursquare Church (Igreja do Evangelho Quadrangular).

    Conversão

    Uma noite ela foi para seu quarto, determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente à janela aberta, onde contemplava a paisagem branca toda coberta de neve e pensou: “Certamente deve existir um grande Criador que fez tudo isso”. De repente, ergueu os braços para o céu e clamou: “Ó, Deus, se é que há um Deus, revele-se a mim”. Aimée acreditava que o Pai Celestial responde as orações de todos os que estão em desespero. Pelo menos, respondeu sua oração antes da meia-noite seguinte.
     
    Depois das aulas, ela saiu andando pela rua com seu pai e notou um aviso no salão de Missões, que dizia: “Reunião de Avivamento com Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos”. O pai de Aimée sugeriu que entrassem, e ela aceitou sem discutir, pois notícias desse reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a impulsionava a estar ali. Tudo era interessante, os cânticos animados, todos cantando e levantando as mãos.
     
    A seriedade tomou conta do semblante de Aimée ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço, sua mensagem borbulhava com um humor claro e sadio. “Leiamos Atos 2:38-39”, disse Robert. “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o Dom do Espírito Santo”. Aimée jamais ouvira um sermão desses, e o sermão de Robert dividiu o mundo dela em dois. Então, o pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar numa língua desconhecida. Mas Aimée entendia perfeitamente o que Deus estava dizendo: “Você é uma pecadora, perdida, miserável, merecedora do inferno!”. Aquela noite mudou a vida de Aimée. Jamais alguém disse tamanha verdade a ela. Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que havia um Deus e que ela era uma pecadora.
     
    Aimée tentou fugir, procurando se distrair das palavras do evangelista nas danças e músicas de jazz por três dias. Mas numa tarde de dezembro de 1907, no caminho de volta para casa, Aimée não conseguiu resistir. “Deus, tenha misericórdia de mim, uma pecadora”, então, tudo mudou, uma grande paz invadiu a sua alma e sentia a presença de Deus ali pertinho quando chegou em casa. “Naquele momento, levantei a tampa do fogão e queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances. Meu pai quis saber o que estava acontecendo, então eu expliquei: Converti-me e não preciso mais dessas coisas!”.

    Busca pelo Espírito Santo

    Daí por diante, Aimée passou a buscar a presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimée que, quando orava, falava com Cristo, e quando lia a Bíblia, Ele falava com ela. No entanto, chegou o dia que esta serenidade foi abalada ao analisar: O Senhor dá tudo e eu só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso fazer em troca? Aimée busca resposta na Bíblia “... o que ganha almas é sábio e... resplandecerá como as estrelas sempre e eternamente”. É como se uma voz poderosa falasse em tom de clarim: “Agora que você foi salva, vá, ajude a salvar os outros”.
     
    Orando de joelhos, Aimée, em sua imaginação, viu um grande rio, veloz e impetuoso, tragando milhares de pessoas em sua correnteza e levando-os à morte. Então, disse: “da mesma forma como eu fui resgatada, deveria estender minhas mãos para todos quantos pudesse alcançar, a fim de trazê-los para um terreno seguro. Estaria disposta a cruzar o continente de joelhos só para resgatar um pobre pecador. Mas, como posso fazer isso? Eu, que sou filha de fazendeiro e moro a quilômetros da cidade? Como posso almejar ganhar almas um dia? Além disso, só os homens têm permissão para pregar”.
     
    Muitas indagações surgiram na mente de Aimée sobre o ministério da mulher. Tentou encontrar resposta com sua mãe para muitas delas. No entanto, foi na Bíblia que ela descobriu que Débora, uma mulher, havia comandado esplêndidos exércitos. A mulher, junto ao poço, pregou o primeiro sermão de salvação e levou uma cidade inteira a Cristo. E em meio a tanto desejo de pregar a Palavra de Deus, Aimée não desistia de quem a pudesse ajudar e, numa noite, quando voltou para casa, encontrou sua mãe examinando a Bíblia para responder suas perguntas. “Minha querida, descobri que os dons de Deus jamais foram cancelados. A promessa é para todos quantos o Senhor nosso Deus chamar”. Assim, Aimeé pensou na passagem bíblica: “Nos últimos dias o Espírito Santo será derramado sobre toda carne, vossos filhos e filhas profetizarão... ... Então, eu também buscarei a plenitude do Espírito”.
     
    Certa noite, enquanto Aimée estava na casa de um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu diante dela. Um impulso de alegria a envolveu. Robert havia chegado de Stratford e, sabendo que as crianças estavam doentes, foi até lá em visita. Naquela noite as crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimée e Robert conversaram por algum tempo a respeito das cartas que trocavam, do batismo com o Espírito Santo que ela havia recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas. Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa Robert, deparou-se com o de geografia e ele, folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente, dizendo: “A China será o meu desafio, meu destino e meu alvo”. Aimée suspirou. “Gostaria de dedicar a minha vida a uma causa como esta”. E foi justamente sobre isso que Robert desejava falar com ela. A voz do homem que a ganhara para Cristo atravessara sua fantasia. “Sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo o coração. Já que vai completar 18 em breve, quer se casar comigo e ir para a China?” Aimée ficou olhando estarrecida para ele. O rosto honesto não conseguia falar, mas um desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração. Ela sabia que o amava profundamente, amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, sua mensagem. Não foi preciso responder imediatamente. 

    Aimée logo aceitou Robert, que falou com seus pais, pedindo consentimento. De maneira simples e franca tiveram sua bênção e em 22 de agosto de 1908 se casaram. Segundo Aimée, ele foi o seu Seminário Teológico, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado. Para ajudar no salário como evangelista, Robert trabalhou numa fábrica de caldeiras. Os dias melhoraram e ele foi chamado para Londres, Ontário e Chicago. Ele trabalhava incansavelmente para Deus e Aimée fazia as tarefas menores, cuidava da casa, tocava piano e orava com os convertidos. “Vamos para a China em seis semanas”, anunciou Robert certa noite. A situação preocupara a jovem esposa, que se via partida, sem a tutela de uma organização missionária, sem dinheiro, sem nada. Apenas a fé e a confiança que Robert tinha no Senhor.
    Ao pregarem numa igreja de italianos, ao se despedirem foram surpreendidos com ofertas em dinheiro, cheques, ouro etc. Quando chegaram em casa, a soma deu para as passagens e um pouco mais. Durante uma viagem para a Irlanda, logo antes de irem para a missão na China, Aimée conta ao marido que está grávida. Após passarem na Inglaterra, onde Aimée fez sua primeira pregação para 15 mil pessoas, numa igreja de um milionário conhecido de Robert. A oferta do dia foi oferecida ao casal para a missão na China. Lá chegando, ficaram algum tempo num importante trabalho e foram treinados para tarefas específicas. O povo era místico, o sol escaldante e a língua difícil, além dos camundongos e dos rituais.
     
    Em determinado momento, os dois contraíram malária tropical. Apesar de ainda doente, Aimée se preocupava com o marido que estava no hospital e queria manter-se informada sobre ele. Aimée se mantinha acordada, vigiando sobre a cama de Robert. Em vigília no hospital, a enfermeira caminhou na direção de Aimée. “Levante-se depressa, ponha o robe e os chinelos”. Tremendo como uma folha de papel, Aimée sentia que Robert estava morrendo, e gritava, de algum modo sabendo que gritaria. Nesse mesmo momento, os braços fortes do Senhor a envolveram e ela sussurrou com os lábios endurecidos: “O Senhor o deu para mim e da mesma forma o tomou. Bendito seja o nome do Senhor”.

    Início do ministério

    Na primeira campanha em Mount Forest, em 1915, Harold McPherson mandou um telegrama para Aimée pedindo que ela voltasse para casa, mas ela não aceitou. Ele, então, veio ao seu encontro e, ouvindo uma de suas pregações, reconheceu o chamado de Deus na vida dela, estimulando-a a continuar. 

    Tempos depois, decidindo voltar para a América, o navio com Aimée foi deixando a linha costeira da China, levando ela e sua filha com apenas 13 semanas. Ela pensava que agora teria que decidir tudo sozinha, procurar bons amigos de Robert, buscar uma orientação para sua nova vida. Fez, então, sua primeira viagem transcontinental em 1918, atravessando o continente em seu carro que portava duas frases: “Carro do Evangelho” e “Jesus voltará, prepare-se”. Estava acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretaria. Entre 1918 e 1923 realizou 38 campanhas, em 1922 o seu ministério tornou-se internacional por conta de uma campanha realizada na Austrália.
    Neste mesmo ano, na Califórnia, quando pregava sobre a visão de Ezequiel 1:1-8, Aimée foi inspirada a denominar o seu ministério de “Quadrangular”. No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo sede internacional Angelus Temple, com capacidade para 5 mil pessoas. Aimée dirigia 21 cultos por semana. Nos primeiros meses, 7 mil pessoas se converteram a Jesus. Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangelístico e Missionário e uma sala de oração, consagrada e tendo como base o versículo “orai sem cessar”. Em 6 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles, a KFSG. Aimée também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 operas sacras.

    Dificuldades pessoais e ministeriais


    Com a morte de Robert Semple, Aimée começou passar por dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais tempo à filha, pois estava com a saúde fragilizada. Seus problemas pessoais cada dia mais dificultavam sua vida ministerial e em meio a tantas dificuldades pessoais e ministeriais, Aimée aceitou casar-se com Harold McPherson. Seria a oportunidade de reconstruir um lar seguro para ela e para sua filha, e também de desenvolver o seu ministério com mais tranqüilidade.
    Durante algum tempo, Harold passou por dificuldades financeiras. Foi quando Aimée começou a arrecadar ofertas para o Exercito de Salvação e, com isso, conseguiu ajudar nas despesas da casa. Nesse período, ela engravidou, e quando o filho Rolf McPherson nasceu teve que parar de trabalhar. Começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não estava feliz, porque o intenso chamado de Deus e o dever com a família, a fizeram cair num estado de depressão, adoecendo gravemente e sendo hospitalizada. Aimée pedia a cura para Deus, mas a cada pedido ouvia o Senhor dizendo: “Tu irás? Pregarás a palavra?”. Mas somente depois de um ataque repentino de apendicite, que a levou a 5 cirurgias num mesmo dia, ela ouviu a voz do Senhor: “Agora tu irás?”; e quase sem forças, Aimée respondeu: “Sim, Senhor, eu irei”.
    Em 15 dias, Aimée estava totalmente recuperada, mas não se sentindo forte a ponto de entrar em discussão com seu marido e sogra quanto ao seu chamado, resolveu deixar Harold e partir com os filhos, voltando para o ponto de origem: o Canadá. Era, 1915, quando Aimée encontrou total apoio dos pais, que se ofereceram para cuidar de seus filhos. Aimée participou de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus, iniciando o seu ministério no Canadá. Embora, na época, ser raro uma pregadora na obra de Deus, Ela foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava por meio de sua vida.

    Sequestro

    Durante um passeio na praia, Aimée foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que ela fosse orar por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao veículo, percebeu que era uma cilada e foi sequestrada.
     
    No cativeiro, Aimée indagou aos sequestradores sobre o motivo do seu crime. Eles disseram que pediriam um resgate e ficariam com o Templo. Ela, então, ficou presa por quase um mês em uma casa, e depois levada para uma cabana primitiva durante dois ou três dias. Certo momento, quando se viu sozinha, fugiu pela janela e seguiu para o deserto, onde andou o dia inteiro e enfrentou muitos perigos.
     
    Já era madrugada quando avistou uma casa e foi pedir ajuda. O senhor Gonçales chamou a policia do Arizona para registrar o sequestro e avisar a mãe de Aimée. A polícia a encaminhou para o hospital. Todos no Templo, quando souberam da noticia, ficaram muito felizes com a volta da irmã McPherson. Nesta época, ela foi bastante perseguida pelos jornalistas e autoridades, que não acreditavam na sua história. Então, depois de um tempo, passaram a acrescentar detalhes mais picantes, como a insinuação de que o sequestro fosse uma desculpa para encontros amorosos, a fim de denegrir sua imagem de evangelista. Chegaram a inventar até mesmo um aborto. Mais uma vez, Deus esteve com Aimée, e nada foi provado. Desta forma, o inquérito foi arquivado por falta de provas.

    De volta ao ministério

    Aimée voltou às suas viagens evangelísticas, e numa delas, na cidade de Baltirmore, os jornais a haviam divulgado como “Mulher Milagrosa”. Por conta deste anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e doentes, e Aimée foi orar ao Senhor, pois sabia que não tinha o poder para curá-los. E Senhor respondeu: “quem tem o poder de curar e salvar sou Eu, mas você será um instrumento em minhas mãos”. Naquela noite muitos milagres aconteceram. Durante as viagens evangelísticas, sua mãe cuidava com eficiência do templo em Los Angeles, mas com a morte da mãe, Aimée voltou a assumi-lo, passando a ter um grande desgaste físico e mental. Acabou por adoecer gravemente e deixar seu filho Rolf assumir a liderança.

    O último casamento e a morte

    Após os casamentos de seus filhos, Aimée sentiu-se sozinha. Foi quando conheceu o cantor David Hutton e apaixonou-se. Casou-se com ele e mais uma vez foi enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a usou para obter sucesso em sua carreira, e divorciaram-se. Na noite de 26 de setembro de 1944, Aimée pregou o seu último sermão perante uma multidão na Califórnia. Esta foi a mesma cidade em que 22 anos antes ela recebera a visão do Evangelho Quadrangular. O ministério de Aimée terminou tão incansável quanto havia começado. Quando seu filho Rolf a encontrou na manhã seguinte, soube que o desejo da mãe havia se concretizado: Aimée havia partido para junto do Senhor.

    Conclusão

    Ao olhar para a vida de Aimée Semple McPherson, podemos ver que quando Deus inicia uma obra Ele é fiel e justo para terminá-la. Vemos que desde a adolescência o chamado de Deus para ela era algo forte e que a impulsionava em busca da verdade. Em sua caminhada, foi caluniada, enganada e perseguida, chegando quase até a morte, mas Deus a resgatou. Aimée venceu a morte, venceu necessidades humanas, os seus esforços contribuíram para que Deus agisse de forma maravilhosa no seu ministério. Por ser mulher, pagou um preço mais alto. Enquanto o mundo a criticava, Deus a purificava e a usava com poder e glória. Seu amor pelas almas era maior que as dificuldades que ela encontrava pelo caminho. Sua vida foi dedicada quase que completamente ao ministério, sua prioridade era levar a salvação, a cura e a restauração por meio do nome de Jesus Cristo. Que sua vida e ministério nos sirvam de exemplo e que possamos igualmente obedecer ao chamado de Deus. Hoje podemos enxergá-la com orgulho e aproveitar da maravilhosa herança que ela nos deixou: o ministério Quadrangular, que sobrevive até hoje.
     
    Atualmente, a Igreja do Evangelho Quadrangular já está presente em 146 países ao redor do mundo. Sua sede mundial está localizada em Los Angeles, Califórnia (EUA), mas a igreja funciona de forma autônoma em cada país.

    DE 1944 ATÉ HOJE

    Quando Aimée Semple Mcpherson concluiu seu ministério em 1944, a responsabilidade pela liderança do movimento Quadrangular e da Cruzada Internacional de Evangelização estava sobre seu único filho, Rolf K. Mcpherson. Com isso, ele serviu como presidente do corpo diretivo por 44 anos. Porém, a mudança da liderança da igreja não desacelerou o progresso da denominação. Por volta de 1949, o número de igrejas abertas aumentou de 355 para 521, e mais 2 estados foram somados ao mapa de expansão: de 33 para 35. Hoje, já existem igrejas Quadrangulares em todos os Estados norteamericanos, além de outras tantas espalhadas por cerca de 146 países.

    Em 1948, a IEQ se juntou às denominações Assembléia de Deus, Igreja de Deus, Igreja Modelo Bíblia Aberta e Igreja da Santidade Pentecostal, a fim de formar a Pentecostal Fellowship of North America (Irmandade Pentecostal da América do Norte). O propósito da PFNA era promover uma ação de unidade interdenominacional dentro da América do Norte. Em 1994, a PFNA foi reorganizada e passou a se chamar Pentecostal Charismatic Churches of North America (Igrejas Pentecostais Carismáticas da América do Norte), a fim de estimular uma maior inclusão e diversidade. Desde então, a IEQ continua parceira do grande corpo de Cristo, para alcançar comunidades e o mundo, ecoando as palavras descritas na pedra angular do Angelus Temple, que dedica seus membros ao evangelismo universal interdenominacional.

    Entre 1958 e 1971, o nível de crescimento da IEQ diminuiu. Nesse período, entretanto, as raízes da igreja foram aprofundadas e os templos foram realocados e aperfeiçoados, o que permitiu maior aproveitamento de recursos. Além disso, na mesma época, foram estabelecidas pela IEQ algumas regras ligadas à aceitação de movimentos carismáticos, que contribuíram para uma fase de estímulo e novo crescimento.
     
    Em 1974 vários pastores começaram a estabelecer padrões pela explosão do crescimento e renovo espiritual, o que poderosamente desafiou todo o movimento da IEQ. Incluíram Jack Hayford, atual presidente da Quadrangular, em Van Nuys, Califórnia; Roy Hicks Jr. em Eugene, Oregon; Jerry Cook em Gresham, Oregon; Ron Mehl em Beaverton, Oregon; e John Holland em Vancouver, Colômbia Britânica. Estes e outros homens contribuíram para o gigantesco crescimento da IEQ e seu notável despertar espiritual.
     
    Na Convenção de 1987, a IEQ ofereceu tributo ao dr. Rolf McPherson e a sua esposa pelos anos de dedicação e serviço incansável na liderança da igreja. eles estavam deixando a presidência da Quadrangular naquele ano. Em maio de 1988, dr. John R. Holland foi nomeado o novo presidente, o terceiro da história da igreja. Desde então, o rol presidencial teve dr. Harold Helms (interino, Julho/1997 – Julho/1998), dr. Paul Risser (1998 – 2004) e Jack Hayford (2004 – até hoje).
     
    Para onde vai a IEQ daqui para frente? Recentemente, a igreja apóia uma nova visão de expansão e multiplicação. Em 2001, o corpo diretivo aprovou a criação de mais 7 distritos sobre o que era chamado de Distrito Leste. Isso abriu caminho para uma nova visão de expansão que pretende alcançar 50 distritos independentes por todos os EUA. Além disso, três Centros Administrativos de Recursos estão sendo criados em locais estratégicos pela nação. Cada um desses CAR servirão 15-20 distritos e serão dirigidos por um administrador regional, o que trará mais eficiência, qualidade e precisão nos detalhes diários, cuja demanda de serviço atualmente está sobre os escritórios dos distritos, e liberará os supervisores de distritos a um cuidado mais próximo e freqüente para com as igrejas locais. É previsto que a cooperação e os trabalhos interligados conduzirão a uma visão local mais forte. Por sua vez, novas igrejas serão implantadas e a IEQ crescerá pelas comunidades que ainda não foram alcançadas pelo evangelho de Jesus Cristo.**
     
    * Parte das informações deste tópico foram extraídas da obra “The Vine and the Branches: A History of the International Church of the Foursquare Gospel”, por Nathaniel M. Van Cleave, 1992; ** e da publicação Foursquare News Service #95, 16 de Julho de 2001.

    NO BRASIL 

    A Igreja do Evangelho Quadrangular foi fundada na cidade de São João da Boa Vista, estado de São Paulo, em 15 de novembro de 1951, pelo missionário integrante da Foursquare Gospel Church, Harold Edwin Williams, natural de Los Angeles, EUA, o qual teve o auxílio de Jesus Hermírio Vasquez Ramos, natural do Peru.

    O fundador

    Harold Edwin Williams nasceu no dia 27 de novembro de 1913, em Hollywood, Califórnia, EUA. Faleceu em Los Angeles, no mesmo Estado, no dia 11 de Setembro de 2002. Harold deixou a esposa, Mary Elizabeth Williams, os filhos John Robert, Paul James e Diane Elizabeth e os netos.
    Harold e sua família freqüentavam o Angelus Temple, onde aceitou o Senhor e foi batizado nas águas por Aimée Semple McPherson. Neste mesmo templo, conheceu Mary Elizabeth e, em 1939, casou-se com ela.
     
    O verdadeiro chamado de Harold para dedicar a vida em serviço do Senhor veio por meio de uma campanha voltada para jovens, na igreja de Long Beach. Naquele dia, ajoelhado ao lado do piano de cauda, ele entregou sua vida ao ministério de Jesus. Formou-se, então, no Life Bible College em 1942 e assumiu seu primeiro pastorado naquele mesmo ano, na cidade de Arkansas, igreja de Little Rock.
     
    O trabalho de missão no exterior veio no ano de 1945, quando Harold foi nomeado pelo gabinete de missões e enviado à Bolívia. No ano seguinte, foi, enfim, enviado ao Brasil. Chegando aqui, morou na cidade de Poços de Caldas, enquanto aprendia o idioma e ensinava inglês. Viajou para a cidade de São João da Boa Vista em 1950, quando fundou a Igreja do Evangelho Quadrangular com seu templo próprio no ano seguinte, a qual era originalmente denominada Evangélica do Brasil.

    A consolidação e o crescimento

     
    De 1952 a 1954 Harold liderou, junto ao missionário Raymond Boatright, um dos maiores movimentos de avivamento que o Brasil já tinha visto, denominado Cruzada Nacional de Evangelização, que teve início na cidade de São Paulo. Harold viera à capital paulista a convite de um pastor da Igreja Presbiteriana do Cambuci. Pouco tempo depois, implantaram uma tenda aberta de lona no mesmo bairro. A partir de então, a idéia da tenda tornou-se uma característica peculiar da IEQ no país. Então, Harold passou pelos bairros da Água Branca e Santa Cecília, sendo este último o local onde foi construído o templo em São Paulo. Ele passou, então, a viajar pelo Estado com a mesma tenda, chamada de “tenda número um”, dando ênfase à cura divina e difundindo o lema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente". Enquanto isso, no salão da Santa Cecília, as senhoras da igreja começaram a aprender confeccionar tendas com a ajuda de um irmão que tinha experiência com tendas circenses. Daí por diante, as tendas compradas ou fabricadas na própria igreja saíram peregrinando por lugares como o bairro da Casa Verde, as cidades de Americana, Limeira, Vitória (ES), Curitiba (PR) e vários outros lugares. Numa onda contagiante, o movimento crescia e cada tenda dava origem a um novo núcleo que se transformava numa nova igreja.
    Na década de 60, já sob a liderança de George Russell Faulkner, estabeleceu-se a meta de levar a mensagem Quadrangular a cada capital de Estado, sendo futuramente levada aos demais municípios. Por onde as tendas passavam, constituíam uma nova comunidade. Assim, as décadas de 70 e 80 foram marcadas pelo evangelismo dinâmico e pela construção de grandes e belos templos.
    Em 1997, a IEQ no Brasil contava com 5.530 templos e obras novas, os quais se dividem em 2.026 templos, 1.778 salões e 1.726 tabernáculos de madeira, além das 4 mil congregações e pontos de pregação que funcionam sob a responsabilidade das igrejas locais. Ao todo, já havia no ministério Quadrangular nacional 2.887 ministros, 1.488 aspirantes e 10.648 obreiros credenciados. Vale ressaltar que, do total de 15.023 membros atuantes no ministério, 5.951 eram mulheres. 38 mil diáconos e diaconisas trabalhavam nas igrejas, que já comportavam um total de, aproximadamente, 1,6 milhão de membros.
     
    A Igreja do Evangelho Quadrangular Internacional, hoje, está presente em 146 países pelo mundo. Desde 1944 o sol brilha ininterruptamente sobre a bandeira Quadrangular, com igrejas em todos os continentes. Só no Brasil, a IEQ já conta com 9 missionários espalhados por sete países. 

    DEPARTAMENTO HISTÓRICO

    A IEQ no Brasil tem à sua disposição uma biblioteca histórica, um verdadeiro guia de acesso à história da Igreja do Evangelho Quadrangular no nosso país. Você poderá encontrar neste website tudo sobre o trabalho da instituição e sobre as pessoas que fazem parte do início dessa cruzada. Confira, ainda, estatísticas da igreja, artigos online publicados, além de diversas fotos memoráveis na seção de biografias e da solenidade pelo aniversário da igreja realizado na Assembléia Legislativa de São Paulo.